domingo, 3 de abril de 2011

Alma Covarde



Alma covarde, alma fujona!
Gosta de escapar, gosta de não agir.

“Quem me dera pudesse flutuar
Até chegar aos seus braços,
Quem me dera.”

Ela gosta de ser amada,
Mas amando, não quer mais nada.
Gosta de algo procurar,
Mas quando acha, melhor evitar.

Totalmente enganada
Nas ruínas da auto-humilhação.
Alma armada, doentia
Agarrada e compartimentada,
Quer ser livre,

“Mas quem dera,
Quem dera,
Quem dera.”

Apenas pensa.
Agir é difícil,
O reclamar, pura habilidade.

Quer ser liberta,
Quer ser vencedora,
Porém nada faz.
Fica parada, gemendo e furiosa
Esperando a hora em que achar-se capaz.


Poema de Rafaela Arraes

Um comentário:

  1. otimo texto rafaela *O*"esperando a hora em que achar-se capaz" genial ;D

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